Percebemos facilmente que no Brasil, de modo generalizado, as pessoas tem péssima qualidade em abstração nas ciências humanas! Embora muitas pessoas queiram mostrar-se como baluartes da moral e da ética.
A qualidade de abstração de humanas é pior do que em física, química e exatas em geral, porque bem ou mal, elas caem no vestibular, então as pessoas aprendem (ou memorizam) duas ou três coisas. Então, salvam-se. Não que humanas não estejam no vestibular, mas é de consenso que o que define a aprovação nele são as exatas.
Na hora de investigar o que as pessoas tem a dizer sobre questões de abstração, afinadas à questão moral, não percebemos muita qualidade filosófica. A ética é reflexão sobre a vida, é pensamento, é só sair na rua ou observar o senso comum que percebemos a incapacidade de compreensão apurada, filosófica, que é necessária a este debate.
Fala-se da importância da ética por todo lugar. Mas, lamentavelmente quem fala em nome dela não percebe que a ética pressupõe competência reflexiva, pressupõe repertório, pressupõe domínio de certos princípios que são da esfera do pensamento, da formação escolar e intelectual. Não adianta tampar o sol com a peneira. (Reflexão adaptada/embasada no curso de Ética do Dr. Clóvis de Barros Filho)