sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A Caridade deve ser anônima, do contrário, é vaidade!

Antes da citação penso ser importante apresentar minhas considerações. Há muito tempo eu não comentava nada relacionado à religião. Ademais, minha posição é declaradamente em favor da ciência e seu método de autocorreção. 
Entretanto, após esta passagem em específico pensei ser oportuno e digna a reflexão ser publicada, muitos dos que se dizem cristãos deveriam de fato conhecê-la. Em tempos de consumismo extremo proporcionados graças ao sistema capitalista, podemos tomar esta pequena reflexão alegadamente feita por alguém chamado Jesus, supostamente datada de aproximadamente cerca de 2000 anos atrás; segundo a visão religiosa. Ao que aparenta; este homem apresentava muitos ideais que hoje poderiam ser comparadas ou identificados a uma visão socialista. Talvez até o chamariam de comunista — de maneira pejorativa — ou até mesmo o mandariam para Cuba. Esta citação em questão pode ser válida. Deveria em partes, nas coerentes, ser norteadora para os "Cristãos". 
Para quem professa fé Cristã: Este texto pode servir para reforçar esta fé e as atitudes coadunantes com o que está escrito. Mas deve-se ficar atento, para não ter uma postura hipócrita, discursar os pensamentos de Jesus e sobre suas atitudes, e fazer o oposto. Leiam atentamente a citação e façam jus a ela. Um dos pontos mais importantes é: expressar a fé sem interferir na liberdade alheia.
Para quem não professam fé cristã: Desconsiderem o caráter religioso desta, e atentem-se à reflexão humana do que se está abordando. A crítica ao ato da caridade nos ajuda a diferenciar as atitudes ditas "filantrópicas", mas que contém interesse de marketing pessoal e não sentimentalismo humano de ver o outro ser bem. 
O ponto muito importante da citação é a crítica que ela faz aos próprios religiosos que dizem ser religiosos mas, fazem-o por vaidade, por marketing pessoal e professam que seguem tais ensinamentos somente pela aparência que eles tem em âmbito social. Hipócritas, como versado na própria citação. No ponto que fala sobre professar a sua fé em silêncio e não nas praças públicas, Pode ser utilizada àqueles que acham que tem o dever de "converter" os outros para a sua fé, eles estão sendo hipócritas, segundo o próprio Jesus, e estão interferindo na liberdade alheia.  
A caridade deve ser anônima, do contrário é vaidade! As liberdades individuais não devem ser interferidas por preceitos religiosos — o Estado deve ser Laico — acredito que desta citação, pode-se fazer uma reflexão, independentemente de ser religioso ou não.

"Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus. Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. 
Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, eu vos digo: eles já receberam a sua recompensa. Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. 
Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”. (BÍBLIA, Mateus 6:1-6. 16-18)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Análise da música "Sonhos Feitos de Papel" da banda Tequila Baby


Esta é mais uma análise de letra musical que estou a fazer, desta vez o gênero é o Punk Rock brasileiro. Há um tempo eu ouvi essa música e ao ouvi-la novamente e com mais atenção em sua letra percebi que ela carrega consigo uma grandiosa profundidade, tão óbvia quanto seus versos objetivos. 




Sonhos Feitos de Papel - Tequila Baby

Veja, amigo
Como nós dois crescemos
E defendemos sonhos feitos de papel
Você mudou demais

Traiu seus ideais que a gente
Prometeu esquecer jamais
Quantos de nós partimos
Sem ter seus sonhos de criança conseguidos

As nossas fantasias
Que a gente teve um dia
Foram esquecidas no passado
Por você e eu

Sinto que existe agora
Uma distância bem maior entre nós dois
Maior que o inferno e o céu
Seus sonhos foram feitos de papel


Por ser uma letra curta e consideravelmente objetiva, vou fazer uma análise diferente da anterior, não será pontuada e comentada "ponto a ponto". Nós, seres humanos, além de sermos seres biológicos, somos seres essencialmente sociais. Quando crianças formamos amizades através da socialização, justamente devido a nossa característica social. E nos desenvolvemos e crescemos lado a lado com outros seres sociais. 

Quando crianças nós criamos muitos sonhos e ideais, desenhamo-os, e anotamos eles em papel, prometemos que vamos cumpri-los na vida adulta, inclusive, prometemos amizades eternas numa tentativa "inconsciente" em prol de garantir as interações sociais. 

Porém, em nosso desenvolvimento nós agregamos saberes, conhecimentos e mudamos de opiniões. Podemos dizer que em vários aspectos nós mudamos radicalmente. Traímos justamente os ideais que havíamos prometido esquecer jamais, inclusive os ideais coletivos em busca de um "mundo melhor", todos nós ouvimos que as "crianças são a esperança do mundo". 

Há a situação sobre a nossa luta para que de fato consigamos realizar nossos sonhos e ideais. A grande maioria dos sonhadores são impedidos por fatores que não dependem exclusivamente deles, mas que são fatores econômicos e sociais, isso por causa da nossa organização social conhecida por capitalismo — o Punk Rock surgiu da critica a este sistema — que limita o acesso à determinadas coisas e situações que proporcionam a realização do sonho da criança na práxis. 

Pelo fato dos sonhos não terem sido realizados, tornam-se apenas fantasias, meras ilusões e/ou utopia. Mas, a grande maioria rende-se e esquece que um dia tiveram pensamentos progressistas e otimistas na esperança de nutrir seus sonhos tanto individuais quanto coletivos. Então, são esquecidos no passado. Após isso, nós reforçamos o individualismo extremo e desconsideramos o bem-estar num contexto social, aí surge o ciclo egocêntrico de: "Cada um por si, Deus por todos".

Mas, àqueles que continuam — de forma limitada e conturbada — na batalha em busca de seus sonhos, ideais, e pensamentos progressistas, em comparação com o outro que deixou de sonhar e seus ideias apenas estão no passado, a distancia entre ambos é enorme, ou seja, enquanto um foi absorvido pelo ego, pelo individualismo e abandonou os pensamentos coletivos esta longe de quem mantém o pensamento a compreender além do individual, o coletivo e os sonhos por um mundo melhor. Então,  vale frisar que na música o eu-lírico aponta que "os seus sonhos foram feitos de papel". Isso indica que o eu-lírico continua na luta pelos seus sonhos de criança. E, ele aponta que os sonhos feitos de papel e esquecidos foram pelo outro ser social. 

Nota: 
As frases escritas em itálico são ditados populares.

Setembro Amarelo

  Quando se trata de saúde é muito mais fácil imaginarmos situações relacionadas a saúde física. Procuramos médicos para auxiliar-nos nesse ...