A AÇÃO POLÍTICA NA MODERNIDADE LÍQUIDA
Com
o avanço da virtualização da vida na era pós-moderna, ou como diria Zygmunt Bauman, na Modernidade Líquida, também igualmente virtual se
tornam as ações e interações políticas. O que, em grande sentido, se
torna um problema para a organização do Estado, na concepção weberiana
moderna. Afinal de contas, esta virtualização tende a dificultar o
engajamento social no mundo real.
No
livro Cegueira Moral Zygmunt Bauman e Leonidas Donskis (2014) discutem
sobre a crise política e a busca por uma linguagem de sensibilidade, uma
vez que no mundo líquido moderno o que é enaltecido é o desengajamento e
o aumento do individualismo substancial. Bem como, a discussão de como
que o medo é utilizado como uma ferramenta de dominação, ao mesmo tempo
em que ele gera indiferença e a perda da sensibilidade humanas.
Com
um mundo cada vez mais individualista, onde os laços humanos são
rompidos com facilidade, numa era de desengajamento real, na
realpolitks, em que as relações são superficialidades em redes sociais
virtuais. Onde o único compromisso é o descompromisso, fortalecido pela
situação problema da ação coletiva, muitas vezes as manifestações que
estão alinhadas ao interesse coletivo são taxadas (estereotipadas, numa
perspectiva negativa, criada ideologicamente) de “comunismo”, onde
qualquer pensamento mais voltado ao coletivo é taxado de forma
pejorativa.
Neste
cenário cada vez é mais difícil encontrar meios de voltar a engajar
essas pessoas, a forma mais fácil é através de processos dialógicos
envolvendo empatia e compaixão. Para que com isso novamente reacendemos a
esperança e o diálogo a fim de transformar a realidade social.
REFERÊNCIAS
BAUMAN, Zygmunt. DONSKIS, Leonidas. Cegueira moral: perda da sensibilidade na modernidade líquida. Zahar, 2014.
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