sábado, 14 de setembro de 2024
Setembro Amarelo
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024
Opinioes & Opiniões 3
Após alguns anos, retorno para redigir um terceiro texto sobre Opiniões. O que me motivou foi uma série de interações que tive na internet, após retomar a divulgação de pensamentos e de ciência. Neste momento, enquanto escrevo este parágrafo introdutório, releio ambos os textos citados para evitar repetições e criar um cenário para aprofundar o debate.
No primeiro texto, abordei como as pessoas passaram a expor suas opiniões políticas (ou debate-las) sem o mínimo de bom senso e conhecimento. Desde então, muitos eventos marcantes ocorreram no cenário político nacional, como o impeachment da primeira presidente mulher do país, o acirramento do extremismo de ideias, a eleição de um representante da extrema direita em 2018 e a intensificação do ódio e preconceito político. O embate ideológico/político mencionado no primeiro texto intensificou-se.
O trecho "o empecilho disto tudo é quando expressamos opiniões errôneas como se fossem verdades" (FERRARI, 2015a) tornou-se praticamente o paradigma do que se sucederia com as fake news e a desinformação, propagadas por muitos a fim de acirrar os ânimos políticos.
No entanto, parece que esse cenário não mudou muito, especialmente no sentido de a maioria das pessoas basear suas opiniões superficialmente, sobretudo quando afirmam saber aquilo que desconhecem. Constituiu-se uma realidade de ilusão de conhecimento. A terceira parte dessa reflexão surge de uma situação que observo recorrentemente: pessoas apregoando terem conhecimento sobre algo e falando com tamanha "propriedade", quando uma simples pesquisa (criteriosa e cética) seria suficiente para constatar que esses indivíduos "portadores da sabedoria" estão disseminando informações infundadas. Mas o que parece mais importante para muitos é a imagem de serem detentoras do conhecimento, mesmo sem terem lido uma contracapa do livro que criticam.
É possível questionar se a frequência com que se expressa conhecimento não é inversamente proporcional ao conhecimento efetivo. A maioria que a maioria que possui conhecimento elabora, pensa, revisa, antes de sair proclamando ser "possuidor da verdade", enquanto os mais próximos à desinformação saem apressadamente para proclamar aquilo que acham saber.
Minha opinião atualmente não diverge muito do que foi apresentado no segundo texto (2015b), continuo buscando consolidar minhas expressões com o mais alto critério, e ao reler tanto o primeiro quanto o segundo texto, notei erros de português (inclusive neste atual, também pode conter, a autocrítica sempre deve estar ativa). Autocrítica que muitas vezes os "paladinos da verdade" parecem não ter.
O alerta que deve ser recorrente é: devemos constantemente revisar as informações que chegam até nós, nutrindo o hábito da leitura e da investigação cética para não ficarmos a mercê de possíveis charlatões políticos, religiosos, coaches (que estão na moda agora) ou de qualquer outra ordem. Pois, para além de possíveis danos econômicos, podem nos causar danos psicológicos.
Você já pensou sobre suas opiniões e como as construiu? Acha que está apenas reproduzindo algo ideologicamente ou possui bases sólidas? Como tem certeza de que o que pensa é correto? Entre no debate e expresse sua opinião.
REFERÊNCIAS
FERRARI, Douglas. Opiniões & Opiniões. 2015a. Disponível em: <https://debatecontinuado.blogspot.com/2015/12/opinioes-opinioes.html> Acesso em 13 de Fevereiro de 2024.
FERRARI, Douglas. Opiniões & Opiniões 2. 2015b. Disponível em: <https://debatecontinuado.blogspot.com/2015/12/opinioes-opinioes-2.html> Acesso em 13 de Fevereiro de 2024.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024
Douglas Ferrari - Dando Voz Ao Conhecimento
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwQSo0iZrxTkiS9G5hal_nhnqNIqBxyFPkk9idOcaWXOV3UQqSCjCL5Jw86CsgFgzhIaKoFNmhb5DG5OTj3TeiYY5awxQFw-bgyn8ej6giBbC3_rb-ofz6trICBhJ8OzdN6z1zFcB-xmbY6MfBBGscq0tUO1nKhF63LeqaKWa8yRRnhcPYFIVw071eTje_/w320-h320/Fenix.png)
sábado, 15 de outubro de 2022
Dia dos Professores
Feliz dia dos professores!
Os bons professores tem compromisso com o conhecimento. Conhecimento este que deve ser humanizador e, também proporcionar reflexões e ações para a construção da nossa identidade enquanto pessoas humanizadas.
Mas, ao mesmo tempo que são educadores é certo que os professores engajados jamais deixam de ser estudantes, afinal de contas sempre estão buscando novas leituras, novos estudos e aprofundamento do seu repertório para a socialização com seus estudantes. Mas, para além da educação formal, educadores são para a vida e existência.
Com certeza, por quaisquer que sejam as experiências na educação formal, positivas ou negativas, na relação professor-aluno, ambos sairão aprendendo, com as positivas pelo exemplo e incentivo, e nas negativas para padrões que não devem ser repetidos e, por consequência, evitados.
Um feliz dia às pessoas que dedicam sua vida a compartilhar um pouco do que sabem nesta vastidão existencial que chamamos de vida!
Vida longa e próspera à todos os professores e profissionais da educação!
sábado, 12 de fevereiro de 2022
A necessidade de superar a apatia social
A ação política na Modernidade Líquida
segunda-feira, 30 de março de 2020
Sobre a pandemia de Covid-19
Observei muitos neste momento de quarentena falando que a pandemia não vê classe social, de fato, biologicamente falando o vírus não escolhe classe para infectar. Entretanto, é necessário percebermos que a classe trabalhadora e os pobres são os que estão muito mais vulneráveis, devido ao seu acesso às condições materiais de sobrevivência, saúde, segurança financeira, etc.
Alguns defendendo o discurso ideológico de voltarmos à normalidade para salvaguardar a economia, momento em que me questiono: que economia? Há três anos o PIB está em 1%, 11 milhões de desempregados, isso soa como uma piada de mal gosto. Sinto tristeza em perceber que a lógica mercantil, como sempre, põe o capital num pedestal dourado em detrimento à vida. O que é mais importante? o lucro de poucos a curto prazo? ou a vida humana? Uma situação de pandemia nos obriga a fazer esta escolha.
Há uns anos havia escrito uma reflexão sobre a possibilidade de manter um pensamento capitalista e humanista simultâneamente, por definição. Parece que a pandemia de coronavírus reforçou a incompatibilidade entre esses dois posicionamentos. Enquanto os humanistas querem salvar às pessoas, os capitalistas querem salvar o capital.
Não devemos permitir que os discursos obscurantistas e o negacionismo da ciência deixem ações serem realizadas a contribuir para milhares, ou no pior dos cenários, milhões de mortes. Devemos ter a sobreidade de defendermos a ciência em tempos de crise, quem ignorou a ciência, em primeiro momento, está padecendo, observemos a Itália, por exemplo.
A quarentena e o isolamento social, neste momento, não deve ser encarada como um privilégio, mas como um direito social, um direito de resguardar a saúde e a vida. É muito mais fácil recuperar a economia falida do que pessoas mortas.
O Estado não pode se omitir diante da crise em que vivemos, ações deveriam ser tomadas para salvaguardar o acesso à saúde, alimentação, segurança e necessidades básicas à população em tempos de crise, não o inverso, na desculpa de salvar um sistema que está em crise há alguns anos.
Após a pandemia, quando passarmos por ela, devemos repensar a forma de sociabilidade. O egoísmo, a ganância, o individualismo não se sustentam mais. O coronavírus nos mostrou o quão interdependentes somos uns dos outros.
A todos, fiquem em suas casas, evitem o contato social, até passarmos esta crise. E que, após a passagem da mesma, posssamos pensar em uma nova forma de conceber a sociedade.
Setembro Amarelo
Quando se trata de saúde é muito mais fácil imaginarmos situações relacionadas a saúde física. Procuramos médicos para auxiliar-nos nesse ...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT71NRrQyZSgBVg5bXHlEt4WQMzLGnrNOHEarqL9orSGEHk1fTD8D5I-B7BLGDGXdXV0aQtJgSYO2KdG6vIgD6JDs-r45jhrUL6ZyPbRmr3aEUFW0pzrL17AdE8k85IQUys_ZMyPznskwflgv8vX7Mg7VmxzqooXoRrQf3apirX6oUSQm2YL6bFAunsT5y/w400-h400/SepYellow.png)
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Antes da citação penso ser importante apresentar minhas considerações. Há muito tempo eu não comentava nada relacionado à religião. Ademais...
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