quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Análise da música "A Moral Provisória" do Parteum

Análise da música "A Moral Provisória" do Parteum

A música "A moral provisória", composta pelo Parteum, nos apresenta pensamentos embasados em obras filosóficas, que são facilmente verificáveis, isso é nítido no titulo da música em sua referência ao pensamento do filósofo René Descartes, o qual vai ser observado em todo o contexto da letra. Descartes foi um influente no surgimento da filosofia moderna. Nesta música — além de Descartes — observa-se algumas menções subjetivas a Nietzsche, Maquiavel, Marx, e uma bem direta a Schopenhauer. Isso me induziu a realizar esta análise mais profunda.

Antes de iniciar a reflexão, deixo o link da música pelo youtube e a letra da mesma, respectivamente. Após inicia-se a reflexão. Os números na frente da letra correlacionam-se com comentários da análise a seguir.




 A Moral Provisória

[1]Tudo que compro nesse mundo não é meu
Finjo ser ateu pra regular quem se perdeu
Na mesma busca que eu, na mesma busca do eu

[2]Na fila da escola maternal, jardim e pré
A maçã da professora que chega pra aula a pé

[3]Brincando de ser rico lembra a banco imobiliário
E quando fiz 15 eu passei a ser bancário
Já vi dinheiro grande mais ou menos e trocado
Quem você acha que banca meu raciocínio quebrado?

[4]Separe-me dos ímpios invejosos e perdidos em geral
Quem odeia no escuro, na luz enxerga mal
Discordo de Schopenhauer

[5]Escrevo pra alfaiates, sapateiro e domésticas.
Parece complicado, mas depende.

[6]Quando enfrento mentes céticas desarmo-me da lógica comum
Desmonto um a um, cada enigma
Desesperador, sublime como a dor de envelhecer --- 
O que mais posso dizer se não enfrente seus demônios?!

[7]Colecione sonhos
Respeite seus hormônios
Grite se quiser
Concorde se puder

[8]Ame mais que uma mulher
(Mantenha intacta a imagem do seu amor de verão,
Da garota da escola que você nunca teve coragem de chamar pra sair
Mesmo que hoje ela esteja no terceiro casamento e você tenha achado a esposa ideal.
Não existe razão pra essas memórias deixarem de existir.)

[9]Três capítulos depois perambulando pela sala
Num copo, a sopa rala que eu mesmo fiz

[10]Sempre quis dizer mais o que as linhas permitiam.
Metade dos que dizem me entender já se perdiam
Antes mesmo do primeiro tempo
Corta!

[11]Vire a câmera pro time adversário que reclama sem sequer sair do banco pra jogar
E quando eu prosperar vão me dizer que tudo válido na guerra
Isso não me desespera

[12]O mundo permanece como é
Inundo meu ser com quase tudo que não é real

[13]Vendaval de letras que circundam cada passo
Venda sobre os olhos de quem quer me por no laço
Boi brabo!

[14]Não trago! Não fumo!
Meu rap é outro rumo, mas comparam-me com cada perdedor...

[15]Desculpe-me "sinhô", mas acabou a brincadeira
Isso é terapia intensa pra quem vive na fogueira
(Mantenha intacta as imagens da sua primeira gravação
Do seu primeiro teclado
Do primeiro show
Dos microfone apitando...
Não existe razão para essas memórias deixarem de existir...
Não existe razão pra essas memórias deixarem de existir.)


A Análise

Como já versado, o título da música faz menção ao pensamento de Descartes, sobre a moral provisória, algo que vamos perceber durante toda a música em suas entrelinhas. Para ficar mais fácil perceber isso, vou descrever rapidamente o que é a moral provisória de Descartes. Descartes afirma que, enquanto nossos pensamentos estão em constante ebulição, a nossa vida continua. E, ela não espera que tenhamos um pensamento claro e distinto para que as coisas ocorram. A vida tem necessidades urgentes que se situam acima do discernimento imediato de cada um. A partir do entendimento que a vida continua sem que tenhamos total compreensão dos pormenores de nossos pensamentos, Descartes afirma que é necessário uma moral provisória que permita a quem se dedica à filosofia viver segundo o mais provável e o mais verossímil, enquanto o pensamento segue seu próprio percurso, independente das vicissitudes do mundo. Uma bússola provisória deve estar ao alcance de cada um, para que, viajantes que somos neste mundo, possamos enfrentar suas intempéries.

Para isso, Descartes apresenta-nos algumas regras para a moral provisória: Primeira, estipula seguir as regras existentes em cada país, que as leis e costumes sejam observados. Não tratando-se evidentemente de uma obediência cega, mas decorrente das necessidades de uma razão que avalia detidamente, ordenadamente a validade de cada uma delas. Segunda, postula que devemos ser resolutos e firmes em nossas ações, pois por maior incerteza que tenhamos devemos agir de modo que chegamos a algum lugar, mesmo que reconheçamos depois, que chegamos a um lugar errado. Pessoas que hesitam constantemente não chegam a lugar nenhum, como se andassem em círculos. Cada decisão tomada deve ser assumida com firmeza tal como uma hipótese científica, e devemos assumir a responsabilidade de nossas ações, e se errarmos, saberemos qual caminho não trilhar novamente. Terceira, pressupõe que as mudanças sejam feitas na consciência de cada um, que para o exercício da razão se torne uma maneira habitual de pensar, sem preconceitos. Quarta, a moral implica, principalmente, uma escolha de vida. Seja qualquer que seja, Descartes, por exemplo, dedicou-se à filosofia. As escolhas de vida através de uma moral provisória devem sempre buscar coerência e nitidez, para que possamos trilhar um caminho de acordo com o progresso e desenvolvimento pessoal. 

Agora que temos uma base sobre a moral provisória, vamos a análise da letra propriamente dita. Os espaçamentos da letra da música foram ajustados para a reflexão da mesma. A forma que vou fazer análise é de maneira comentada, na letra acima há números indicativos que vão se correlacionar com os comentários analíticos a seguir:

[1] A primeira parte inicia-se afirmando que tudo o que o eu-lírico* compra não é dele, podemos interpretar de duas formas: A primeira, se tudo o que produzimos é fruto de nosso trabalho, somos dignificados por isso e isso nos pertence. Logo, ao compramos algo no mundo, este algo não nos pertence, pois não foi produzido por nós. Segunda, que nossa essência não são bens materiais, apontados pelo fetichismo da mercadoria, então não é nosso o que compramos do mundo, este trecho aparenta claramente ser uma alusão ao pensamento de Marx; A partir daí, podemos ver uma alusão ao Nietzsche, o eu-lírico finge ser ateu para poder regular quem se perdeu na mesma busca de sua essência, na busca de sua autodescoberta. O que tornar-se imoral, ademais próprio Nietzsche criticava as formas como nós vemos a moral, fingir ser ateu para poder regular outrem fornecendo respostas e/ou induzir à determinada reflexão de mundo é incoerente.

[2] Aqui nós podemos ver que o eu-lírico faz uma menção direta ao sistema educacional, apontando subjetivamente uma relação de troca, o aluno vai a pé para a escola para ser educado, levando consigo uma maçã a pé para entregar à professora, ou seja, o caminho para poder estudar é mais árduo e mesmo assim, ele tem que dar algo em troca do saber. De certo modo, uma crítica à meritocracia. 

[3] Neste ponto, o eu-lírico está brincando de ser rico, ou seja, ter posses materiais. Lembra o jogo banco imobiliário, em que o objetivo é aumentar a quantidade de posses. Quando o eu-lírico completa 15 anos, ele torna-se bancário, bancário no sentido de dar mais importância ao valor capital (dinheiro), ou que ele começou a trabalhar aos quinze anos para poder sobreviver, ele vê muito dinheiro (já vi dinheiro grande), mais ou menos, e apenas alguns trocados. Aqui pode-se dizer que, tudo o que ele vê é correlacionado ao dinheiro, sua visão de mundo está voltada ao capital e está determinando a forma que ele julga o mundo. E nisso, ele pergunta: Quem você acha que banca o raciocínio quebrado? ou seja, um pensamento limitado e alienado, assim como Marx aponta, que a ideologia do capital mantém o controle do pensamento das massas.  

[4] Aqui vemos claramente o eu-lírico pedindo para ser separado dos ímpios, invejosos e perdidos moralmente em busca pela essência humana e conhecimento. Crítica os preconceituosos que quando são colocados à luz do conhecimento, do saber cético, filosófico e científico enxergam mal. Porém, o eu-lírico aqui aponta discordar de Schopenhauer, filósofo que apontava que a vida humana oscila como um pêndulo entre o tédio e a alegria passageira, considerado um filósofo pessimista. Indicando que o eu-lírico é um progressista no campo da filosofia.

[5] O eu-lírico afirma que ele procura escrever para pessoas simples, pessoas que não tem muito conhecimento filosófico/cético/científico, na letra é exemplificado com alfaiates, sapateiros e domésticas. Ele faz uma autocrítica dizendo que parece ser difícil transparecer um pensamento mais complexo em simplificado, mas depende. Depende da maneira que você o faz, da postura que você tem para se expressar, se é compreensivo no momento da transposição.

[6] Em contra partida ao ponto anterior, quando o eu-lírico enfrenta mentes céticas, ele se desarma da lógica comum, sendo assim, ele abandona o senso comum. Passa a refletir racionalmente sobre os assuntos que está pensando, desmontando cada enigma, quebrando seus paradigmas, despertando seu conhecimento sobre o mundo de uma maneira antagônica ao senso comum. Isso para o eu-lírico é tão sublime quanto a dor do envelhecer, romper estes paradigmas torna-o mais desenvolvido mas, também causa certo sofrimento. O eu-lírico pergunta-se sobre o que ele pode dizer caso ele não enfrente seus demônios. Neste caso, ele se refere ao que Descartes afirmava por demônios, que seria uma espécie de empecilho ao filósofo em obter coerência e uma interpretação racional acerca do mundo que o cerca. Logo, para compreendermos coerentemente o mundo, devemos enfrentar os paradigmas e nossos dogmas.

[7] O eu-lírico diz para colecionarmos sonhos, que devemos ter algo para nortear nossas vidas e objetivá-la, servindo assim como um dos caminhos de uma moral provisória, como Descartes afirma. Respeitar os hormônios no sentido de respeitar nosso momento e os anseios do tempo presente e buscar uma forma plausível de poder defender eles, e aceita-los se pudermos. Tendo em vista uma defesa e um posicionamento racional acerca dos mesmos.

[8] Notamos que o eu-lírico diz que devemos amar a mais que uma mulher, talvez, seja no sentido de que em nossa vida de fato temos mais do que apenas um amor. Ademais, após ele afirmar isso vem uma segunda voz, feminina, representando a memória do eu-lírico, dizendo que não existe razão para as memórias deixarem de existir, ademais a música está analisando a moral provisória de Descartes, ela justamente versa que nossas memórias são pontos de reflexão para saber quais caminhos não devemos mais trilhar e também serve de base para a fomentação de nossa moral atual.

[9] Aparentemente, neste ponto o eu-lírico parece se referir à chegada da velhice, considerando que o primeiro e o segundo capítulo fossem: infância e vida adulta, respectivamente. Ele está perambulando pela sala, apenas a comer uma sopa rala que ele fez.

[10] Em continuação ao ponto anterior, ele reflete que ele queria dizer mais do que as linhas permitiam, ou seja, mais do que ele podia através de suas limitações, talvez, econômicas ou sociais. E ainda versa que, metade das pessoas que diziam entender ele, entender as reflexões filosóficas que ele compartilhava, se perderam antes mesmo do primeiro tempo. Assim, eles de fato não compreendiam as reflexões que ele fazia. Ele versa que abandona o senso comum, grande parcela da população apenas permanece no senso comum, talvez isso justifique porque as pessoas não o compreendem. E sem motivo algum um vem um: “Corta”, como se fosse um fim de uma gravação, talvez seja o fim da vida do eu-lírico. Ele não teve tempo de continuar a buscar o conhecimento e o entendimento em plenitude. Ou, talvez seja o fim da sua moral provisória e o início da outra, pois a reflexão continua.

[11] Aqui, continuando a reflexão o eu-lírico diz que, é para virar a câmera para o adversário, outro alguém, que reclama de talvez não ter chegado ao autoconhecimento ou ao conhecimento, mas nem saiu do banco para jogar, nem desarmou-se da “lógica comum”. Após, há uma afirmativa que remete à Maquiavel, que quando ele “prosperar” em qualquer sentido que o seja, vão vir afirmativas que, os fins justificam os meios e que tudo é válido. O eu-lírico diz não se desesperar com isso.

[12] Em referência e continuação ao ponto anterior, ele deixa claro que a busca era dele, sem interferir nos outros, ademais o mundo permanece como é. Então as acusações de que os fins justificam os meios, aparentemente partem dos outros, num sentido de inveja por ele estar no caminho da autodescoberta. Então ele diz que inunda o seu ser com tudo o que não é real. Neste aspecto, parece que se está referindo-se ao conhecimento filosófico em si, pois, a sociedade tem como a realidade o material associado com o fetiche da mercadoria, se ele não segue os padrões ele está vivendo num mundo “irreal”.

[13] Aqui o eu-lírico afirma que há um vendaval de letras, talvez, pensamentos que circundam-no a cada passo de sua vida, assim coadunando com o que Descartes afirma pela moral provisória. Aqui o eu-lírico faz uma crítica que parece haver uma venda sobre seus olhos, colocada por quem quer pô-lo no laço, controla-lo. Mas, ele é um boi brabo.

[14] Boi brabo, o eu-lírico se refere que ele não quer ser controlado, quer ser livre para poder pensar, refletir e sair do senso comum. Mas, para superar o senso comum, até mesmo como Descartes versa, devemos nos desprender dos preconceitos, neste ponto observamos que o autor contrapõe imediatamente os preconceitos, principalmente contra o estilo musical que pertence. Ele não faz uso de drogas, afirma que seu rap é outro rumo, diferente do estereotipado pela sociedade, porém, a sociedade continua a compara-lo com quem ele considera ser perdedor, pro fazer coisas irracionais.

[15] Aqui, ele pede desculpas e afirma que acabou a brincadeira, aparenta estar se referindo a contrapor preconceitos e tomar lado em busca do autoconhecimento. E afirma que a sua busca pelo conhecimento é uma forma de tratar-se da situação que vive, sendo julgado a todo momento por causa de preconceitos, e que a busca pelo conhecimento é sua terapia. Com a fogueira ele pode estar se referindo à duas coisas, primeira, que quando estamos muito próximos de uma fogueira, sua luz pode nos ofuscar para ver outras coisas, sendo assim, talvez, podemos cometer erros na busca pelo saber. Segunda, pode estar feito alusão à caça as bruxas, onde quem buscava o saber na idade média, era queimado pela inquisição, hoje é o preconceito da sociedade. Novamente aparece a segunda voz, afirmando para ele manter intacta as suas memórias, pois não há sentido para elas deixarem de existir. Pois, nossas memórias ajudam a formar o que somos hoje.

O estilo rap não é meu estilo musical preferido, mas, após ouvir Parteum pela primeira vez através desta música, que é extremamente coerente e embasada em conhecimentos filosóficos eu estou buscando conhecer mais o estilo, em especial o Parteum. Até o momento, não havia feito nenhuma análise de música, esta sendo a primeira que fiz foi extremamente produtiva, confesso que: não foi fácil compreender o contexto e acredito que ainda há interpretação mais profunda nela, o autor da dela deve ter motivações e interpretações filosóficas mais coerentes e aprofundadas. 

Percebi que, muito das reflexões que a música faz, analisando em suas intersubjetividades nos apresenta um pensamento muito coerente e filosófico. É extremamente importante que tenhamos em todo o estilo musical compositores que façam estes tipos de obras embasadas e críticas, contribui para uma apreciação completa da música e nos instiga a buscar o conhecimento. Pois, assim como Sartre dizia que no plano moral ocorre uma coisa em comum entre a arte e moral, em ambos os casos, temos criação e invenção. Não podemos decidir a priori aquilo que deve ser feito. Porém, a música como uma forma de arte, pode contribuir de forma expressiva para o compartilhamento de um pensamento coerente, racional, progressista e altamente reflexivo.




*Eu-lírico - no poema, voz que expressa a subjetividade do poeta e/ou a maneira pela qual o mundo exterior se converte em vivência interior;

4 comentários:

  1. Muito bom, parabéns. A letra que você escolheu é, realmente, muito difícil. Serve de desafio. Acrescento algumas ideias e pequenas divergências interpretativas.
    Não acho que a parte em que o eu-lírico finge ser ateu, esteja relacionada ao Nietzsche, um dos motivos é dito logo após pelo eu-lírico: a busca pelo eu. Isto é, como você mesmo mencionou: a busca pela essência. Quem conhece a obra do Nietzsche sabe que ele é o primeiro a dar o forinha quando o assunto é existência de essência (lembrei do Sartre agora: a existência precede a essência rsrs).

    Na segunda estrofe podemos pensar que o aluno vai a pé para a escola, mas não é dito isso, somente quanto à professora. É uma crítica à situação educacional atual. O aluno levando maça pode ser visto como a "recompensa" do professor, que deveria ser maior e deveria ser paga não por alunos.

    Também acho que a discordância do eu-lírico sobre Schopenhauer é quanto à posição, enquanto um é pessimista, o outro é otimista (se formos levar para o campo da ciência, podemos até chamá-lo de positivista). E talvez quem odeie no escuro seja o próprio Schopenhauer, uma vez que ele era pessimista e, como diz as suas biografias, obscurecido pelos filósofos otimistas, principalmente Hegel (se eu não estiver enganado).

    Bem, é isso. Não tenho muito o que comentar/acrescentar, você fez um ótimo trabalho estrofe por estrofe. A música é muito boa e é uma pena termos poucos artistas direcionados a esse lado. Continue com as análises de músicas, há artitas mais conhecidos que possuem letras riquíssimas também, como Engenheiros do Hawaii, Raul Seixas, Chico Buarque, Zé Ramalho e Zé Geraldo.

    Um abraço!

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    Respostas
    1. Muito obrigado Carlos,

      Agradeço pela crítica, e agradeço pelas divergências apresentadas por você, ajuda a engrandecer a análise e a subjetividade que a arte cria, neste caso, a música.

      Afirmo que gostei de suas colocações e expandiram ainda mais meus horizontes.

      Quanto a escrever ainda análises, acredito que este não é um projeto duradouro para mim. Mas, quando eu sentir-me na legitimidade de analisa-la eu farei.

      As bandas e artistas indicados são muito bons em suas músicas críticas.

      Abraço!

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  2. Não li Schopenhauer mas já li que ele dizia não escrever pra alfaiates, sapateiros e domésticas. O Parteum o faz, lembrando da classe baixa.

    E o trecho "O que mais posso dizer senão enfrente seus demônios?" até "Ame mais que uma mulher" acredito ser referência a filha dele. Nas primeiras linhas educando-a e com essa última educando também a si, que com o surgimento dela vai amar outra mulher/menina.

    *O Parteum já disse que essa música foi feita quando a filha dele estava pra nascer/havia nascido*

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    1. Obrigado Joseilton por engrandecer o debate com estas informações. Seu adendo é válido.

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