A busca pela verdade ou, por um conhecimento mais polido da realidade, como preferir, deve ser aberto a questionamentos e inclusive ao ceticismo rigoroso. O ceticismo deve servir para autocritica, inclusive. Ademais, não nos convém como intelectuais, buscarmos a verdade, se apresentamos uma postura fechada em arrogância defendendo nossas crenças da verdade como se fossem dogmas. Se, assim o fizermos, estaremos cometendo os mesmos erros que tendemos a criticar.
Porém, mesmo assim, devemos ter a noção que há conhecimentos tácitos, como os da física, os quais são objetivos, e podemos defender em certo grau, diga-se de passagem, elevado. Nestes casos podemos ter a convicção de defendê-los. Max Weber, um dos mais influentes pensadores das ciências sociais, afirma que a ética do cientista é, a ética da convicção absoluta, do tudo ou nada, da ação racional voltada a valores. Mas, devemos constantemente estar abertos à crítica bem fundamentada em evidências. E como nos lembra Carl Sagan, apresente uma evidência que a ciência está errada e o cientista irá abandonar sua crença errônea da verdade e vai voltar a estudar sobre o tema, tornando assim a ciência uma metodologia de autocorreção e mais, um modo de pensar.
É comum nos dias atuais, haver uma ala das ciências humanas que quer relativizar tudo. Devemos manter o ceticismo para com esta ala, pois, há conhecimentos objetivos que em hipótese alguma devem ser relativizados e subjetivizados, as ciências exatas nos apresentam afirmações fechadas, não devemos abrir espaço para relativismos;
Neste aspecto, nós podemos tomar a teoria da gravidade por exemplo, você pode querer relativizá-la ao máximo para pode agradar suas perspectivas de mundo. Mas, a gravidade (sua teoria) é objetiva, se você estiver em qualquer lugar da superfície terrestre, a aceleração média de quaisquer corpo em sentido ao centro de massa do planeta é de 9.8m/s², aproximadamente. Isso é objetivo, sem relativismos. Mas, se você acredita que isso é incoerente, através de evidências você pode contestar, desde que as evidências sejam verificáveis. E, os cientistas devem estar abertos à investigação de contestações, conforme versado no segundo parágrafo.
A busca pela verdade está sob uma linha tênue entre afirmações objetivas e ceticismo apurado. Vale nos lembrar que o epistemólogo da ciência Karl Popper, nos deixa claro que a ciência sofre de um principio de falseabilidade, ou seja, a ciência afirma-se sob asserções, ideias, hipóteses ou teorias que podem ser provadas falsas, mas, jamais verdadeiras.
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